"Quando o filho permanece na esfera da mãe, o feminino inunda a sua alma, impedindo-o de tomar a masculinidade de que vem de seu pai. E quando a filha permanece na esfera do pai, o masculino inunda sua alma, impedindo-a de tomar a feminilidade que vem de sua mãe. Carl Gustav Jung denominou o feminino presente na alma do homem de anima, e o masculino presente na alma da mulher de animus.
A anima se desenvolve mais fortemente quando o filho permanece na esfera da mãe. Curiosamente, porém, ele sente então menos compreensão e simpatia por outras mulheres, e tem menos sucesso com as mulheres e com os homens. E o animus se desenvolve com mais força quando a filha permanece na esfera do pai. Curiosamente, porém, ela sente então menos compreensão e simpatia por outros homens e tem menos sucesso com os homens e as mulheres. A atuação da anima na alma do homem se mantém dentro de seus limites se ele passou cedo para a esfera do pai.
Contudo, curiosamente, ele sente então mais simpatia e compreensão pelas características e pelos valores das mulheres. E a atuação do animus na alma da mulher se mantém dentro de seus limites se ela retornar cedo à esfera da mãe. Contudo, curiosamente, ela sente então mais simpatia e compreensão pelas características e pelos valores do homens.
Portanto, a anima resulta do fato de o filho não ter tomado o pai e o animus resulta de a filha não ter tomado a mãe."
Bert Hellinger em O Amor do Espírito